Mulheres especiais e essenciais

Mulheres podem ser comparadas às heroínas dos quadrinhos com suas múltiplas habilidades. São mães, esposas, filhas, amigas, profissionais e MULHERES, com todas as letras maiúsculas.

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Excesso de proteção faz mal ao seu filho

Boa parte das crianças e adolescentes brasileiros vive como dentro de uma bolha, protegida dos aspectos mais triviais da realidade. É preciso dar-lhes autonomia, porque o maior risco é criar uma geração despreparada para a existência.

Os principais medos dos pais e a linha que separa a preocupação saudável da superproteção

Violência urbana
É normal quando os pais perguntam ao filho aonde e com quem ele vai e a que horas pretende voltar para casa. E ainda pedem que mudanças de plano sejam comunicadas.
É exagerada quando, por medo de assaltor ou sequestros, proíbem o filho de sair com amigos ou não o autorizam a participar da viagem de formatura.

Violência sexual
A preocupação é normal quando os pais tentam conhecer os pais dos amigos do filho antes de permitir que frequentem ou durmam na casa deles.
Passa a ser exagerada quando com medo dos casos de pedofilia, não permitem que o filho brinque na casa de outra criança.

Drogas e álcool
É normal quando os pais, ao notar uma mudança de comportamento do filho, passam a acompanhá-lo mais de perto. Vasculhar a mochila é uma medida extrema, mas pode ser válida, já que alguns adolescentes deixam rastros, de propósito, como pedido de ajuda.
É exagerada quando os pais privam os filhos do convívio social, proibindo-os de ir a eventos próprios para a idade, como uma festa de 15 anos ou matinês de clubes e boates.

Crimes pela internet
A preocupação é normal quando os pais supervisionam e orientam as crianças sobre os perigos da internet, permitindo que façam buscas de assuntos de seu interesse.
Passa a ser exagerada quando, mesmo sem que o filho tenha curiosidades para além de sua idade, os pais instalam programas para monitorar as páginas acessadas e rastreiam as conversas em sites de relacionamento.

Iniciação sexual precoce
É normal quando os pais acompanham o adolescente a uma consulta médica para que ele tire suas dúvidas em relação à sexualidade e seja devidamente orientado.
É exagerada quando levam a filha ao ginecologista a cada seis meses para saber se ela ainda é virgem ou fazem o teste de HIV nos filhos com frequencia.

Acidentes de trânsito
É normal quando, antes de permitirem que o filho seja transpsortado constantemente por outro adulto, os pais observam como o motorista dirige.
É exagerada quando só confiam neles próprios ao volante.

Insucesso na vida acadêmica
É uma preocupação normal quando os pais acompanham notas, tiram dúvidas, estipulam horários para os estudos, participam das reuniões escolares e incentivam os filhos a praticar esportes.
Passa a ser exagerada quando, os pais se excedem no preparo dos filhos, promovendo uma agenda lotada de atividades diárias. Ou quando passam a contestar as notas baixas junto aos professores.

Em geral, os pais superprotetores são inseguros e ansiosos. Temem que seus filhos deixem de amá-los, esforçam-se para não fracassar em sua educação e têm pavor de ser julgados por parentes e amigos. Tudo somado, excedem-se na ânsia de acertar sempre. Assim como hoje se exige que as pessoas sejam bem-sucedidas, saudáveis e magras, é preciso ser um pai exemplar de um filho idem.
Como efeito colateral da superproteção, os especialistas em educação infantil começam a notar um aumento no número de crianças ansiosas e inseguras. Não é difícil identificar uma delas em sala de aula: é a que pede atenção e aprovação para cada tarefa que realiza. Consulta os professores com frequencia quase insuportável. Fora da sala, tem medo de se machucar no parquinho, evita ir ao banheiro sozinha, pede ajuda a todo momento. Tamanha dependência está na raiz da baixa autoestima.

Males que o excesso faz:
A criança superprotegida tende a ser medrosa, manhosa, insegura, dependente e impaciente.
E pode se tornar um adulto egoísta, individualista, com dificuldade de relacionamento, e com dificuldade para fazer escolhas.

Em resumo, se vocë quiser ter um filho com possibilidade de ser feliz e realizado (nunca há garantias), proporcione a ele a liberdade possível em cada etapa de sua vida. E lembre-se do que disse o escritor francês Honoré de Balzac: "Chega um momento na vida íntima das famílias no qual os filhos se tornam, voluntária ou involuntáriamente, juízes de seus pais". Para ter um julgamento razoavelmente justo, não seja negligente, mas também não seja superprotetor.

Fonte: Revista Veja - Abril/2010

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