Uma vacina é capaz de prevenir os problemas respiratórios que afligem os bebês prematuros. Mas poucos pais e pediatras a conhecem
Bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação são especialmente vulneráveis ao vírus sincicial respiratório, o VSR, esses bebês têm risco até dez vezes maior de contrair formas graves de bronquiolite e pneumonia. Isso porque o desenvolvimento de seus pulmões não se completou no úero, o que os torna alvo fácil para o vírus. Para esses recém-nascidos, entretanto, há uma arma de prevenção eficaz. Trata-se de um anticorpo monoclonal, o palivizumabe, que funciona como uma vacina. Administrado via injeção intramuscular, ele evita hospitalizações em até 70% dos casos. Embora esteja incluído no calendário de vacinações da SBIm (Associação Brasileira de Imunizações), são poucos os pediatras que o recomendam. A entidade iniciará uma campanha para esclarecer pais e médicos sobre a existência de um calendário só para prematuros e a importância da imunização.
O índice de nascimentos precoces só faz aumentar: nos últimos dez anos, passou de 8% para 13% nos hospitais particulares. A principal razão é a maior ocorrência de gestações múltiplas, efeito dos tratamentos de fertilidade, e de gestações tardias - ambas fatores de risco para partos prematuros.
Em relação ao palivizumabe, há um porém: ele é caro. Uma dose pode custar mais de R$1.000,00 - sendo que se preconiza uma injeção por mês na época de circulação do vírus, de março a setembro. Mas alguns planos de saúde cobrem o valor, e o medicamento é oferecido gratuitamente em postos de vacinação dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro a bebês que nascem com menos de 28 semanas. E saúde de recém-nascido, claro, não tem preço.
Mais informações:
Associação Brasileira de Imunizações
http://www.sbim.org.br/
Fonte: Revista Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário