No Brasil, não há quem, independentemente de classe social, não tenha ouvido pelo menos uma vez na vida a pergunta: o que você vai ser quando crescer? Poucos, no entanto, se pergutam o que querem ser depois de envelhecer. Pesquisa feita pela Universidade de Oxford mostra que somente 24% da população brasileira se preocupa com sua aposentadoria. Esse mesmo estudo vai mais fundo e registra que 52% dos entrevistados por aqui desejam relaxar na velhice, mas não se dão ao trabalho sequer de pensar em poupar. Já nos Estados Unidos, 66% dos pesquisados fazem poupança desde cedo. Os indianos reservam 31% de suas economias para a velhice. E na China, essa preocupação nasce com o chinês, que poupa 40% do PIB (Produto Interno Bruto). No Brasil, estamos mais para cigarra do que para formiga.
Além disso, é fato que o governo estimula o brasileiro no sentido de que ele não precisa se preocupar com a aposentadoria. A lei, por meio da Previdência Social, teoricamente, garantiria a todos uma terceira idade tranquila. Mas não é o que acontece. As contas estão apertadas e, se nada mudar, é certo que vai faltar dinheiro para a aposentadoria em um futuro nem tão longínquo. O governo precisa colocar os dois pés no chão e adotar um sistema previdenciário individual, pelo qual os brasileiros vão receber, na velhice, o equivalente ao que pouparem.
E mais. O atual sistema previdenciário social consegue ser caro para a nação e insatisfatório para os aposentados, que reclamam do que recebem, inclusive os que jamais contribuiram com um tostão. Governantes se descabelam por não terem como cobrir o rombo da Previdência. E nós, contribuintes, já cansamos de pagar impostos e receber pouco em troca.
Fonte: Revista TAM Magazine
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